Você compra tudo online, com cartão de crédito, e leva um voucher impresso em casa para trocar pelas passagens cá no Peru (em Puno ou em Cusco). Lembre-se de ter consigo o cartão de crédito usado na compra. Eu tenho o hábito de às vezes viajar só com um cartão, em vez de todos, e "pisquei" porque não lembrava se era o mesmo que havia sido usado online. No fim, foi, mas evite esse aperto.
As refeições estão todas incluídas, além de drinques típicos (pisco sour), música tradicional andina e uns desfiles de "moda" para turista ver. É divertido. Obviamente, peruano não usa esse trem — ele se parece mais com um Expresso Oriente (ou, às vezes, um expresso de Hogwarts) para turistas pelos Andes.
Foi uma diversão.
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O Andean Explorer, fotografado numa das nossas paradas breves no caminho. |
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As montanhas vão enruguecendo-se aos poucos, conforme deixamos Puno (às margens do Lago Titicaca) e rumamos para Cusco. |
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Vistas que parecem computação gráfica, mas não são. São reais. |
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Passagem por um povoado, conforme as brumas das montanhas iam nos acolhendo. |
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Vista de plantações à margem de um pequeno rio. |
O interior é todo bem decorado e confortável, e você troca de ambientes à vontade — entre o seu assento "normal", a área do bar, e o vagão vistadome, o mais popular, com vidro por todos os lados (inclusive no teto) e as melhores vistas da paisagem. E o fundo é aberto pra valer, onde você pode sentir o vento.
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Os assentos, já com cara de restaurante. Como eu disse, é tipo um Expresso Oriente andino. |
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Área livre. |
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O vagão Vistadome. |
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E o fundão do trem. Seja qual for a vista ao fundo, ficar ali assistindo ao trilho e à paisagem se distanciando no horizonte é uma sensação mágica, que te lembra aqueles filmes de velho oeste. |
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Ê vidão. Tomando um pisco sour no trem. |
Eu comecei a observar já desde o começo, desde antes de entrar no trem, na sala de espera. Rodeados de gringos, os músicos peruanos contratados pela empresa tocavam sua violinha com o estojo do violão já modestamente armado ali no chão para receber as gorjetas. Em serviços turísticos América Latina afora, graças às visitas frequentes de estadunidenses e canadenses, tornou-se quase impossível receber até "bom dia" sem esperarem uma gorjeta sua.
Na TV ligada, um vídeo em eterno replay mostrava o que nos esperava, com um tiozão gringo de chapéu de safari contando como tinha achado tudo maravilhoso.
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Os músicos andinos com o bumbo e as violinhas. |
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Toda a paisagem de Juliaca vista do fundo do trem. Em nada deve à Índia. |
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O simpático pessoal do trem, com o Nerso da Capitinga triste ali atrás. |
E, porventura, parávamos aqui e ali no meio da viagem para apreciar a paisagem ao ar livre e ser abordado por vendedores. Digo assim mas era tranquilo. Havia desde gente vendo roupas até senhoras em trajes tradicionais (ou acompanhadas à disposição para tirar foto por um preço). Eu não resisti à velhinha e concordei em dar um trocado para tirar uma foto com ela. (A mão quase que vai onde não devia...).
Acredito que, vista a idade, hoje ela já está com o Pai (ou com Pachamama, como preferir), mas fica a dica, a recomendação para tomar o trem dos Andes e se divertir.
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