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Veja se o templo não parece saído de alguma fábula, encantador e ao mesmo tempo misterioso. O Wat Rong Khun, mais conhecido como "o Templo Branco", é o trabalho ainda em andamento de um artista tailandês contemporâneo, Chalermchai Kositpipat. Misturando elementos budistas e da cultura pop (você verá), esse senhor daqui da cidade de Chiang Rai diz que seu projeto só será concluído em 2070. Deve estar querendo ser o Gaudí asiático, cuja obra na Sagrada Família segue ainda décadas após a sua morte.
Estamos no extremo norte da Tailândia, a poucas horas de viagem de Chiang Mai. Chiang Rai é uma cidade bem menor, mas merece a sua atenção.
Há um centrinho com um bazar de rua todas as noites, cheio de atrações musicais, comidas e artesanatos. A cidade também é um ótimo ponto de apoio para conhecer um pouco das colinas, das tribos indígenas daqui da Tailândia, e a região da tríplice fronteira com Laos e Myanmar (antiga Birmânia) — além do Templo Branco.
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Lá fica Chiang Rai, na província homônima no extremo norte da Tailândia, já quase na fronteira. (A oeste está Myanmar; a nordeste o Laos, e a sudeste o Camboja. Cá no extremo sul a fronteira é com a Malásia. Aula introdutória de geografia do Sudeste Asiático.) |
O ônibus da viagem tinha até pão com feijão como lanche de cortesia. Como de costume aqui no leste da Ásia, o pão é doce, e o feijão também.
Chegamos em poucas horas de Chiang Mai à moderna rodoviária de Chiang Rai. Um par de toldos — daqueles de campanha de vacinação — montados na rua faziam as vezes de sala de espera, e um quiosque vendia as passagens. (Verdade seja dita, há uma rodoviária mais nova à beira da rodovia, fora da cidade, mas de lá seria preciso tomar um táxi. Esta estação antiga, no centro do centro, é uma opção bem melhor. Certifique-se até onde o ônibus vai na hora de comprar sua passagem. A rodoviária antiga costuma ser a parada final.)
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Ainda com as minhas mochilas, chegando à hiper-moderna rodoviária antiga de Chiang Rai. Cadeiras plásticas ali agarradas ao chão e toldos, à beira da rua onde os ônibus param. |
Aqui no centro tudo se faz a pé. Recusamos algumas ofertas breves de taxistas e, logo após deixar as bagagens na pousada, fomos direto ver o Templo Branco.
Negociei com um motorista de tuk-tuk a ida, espera, e retorno. É necessário pois o templo fica longe, e sai mais barato fechar tudo com um só motorista do que ter que negociar a ida e depois a volta. Em tese, me pareceu que os tuk-tuks não têm autorização para pegarem a rodovia até lá, mas esses são detalhes, nada que aqui na Tailândia não se resolva. Vimos o motorista fazer aquele joinha de camaradagem com a Polícia Rodoviária e não houve problema. (Depois você fique aí achando que essas coisas só rolam no Brasil...)
O tuk-tuk sai mais barato que um táxi de verdade, e é bem mais divertido.
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Embarcando no tuk-tuk, um desses pequeninos veículos motorizados de três rodas e sem portas. |
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Tomando a rodovia rumo ao Templo Branco, que fica a uns 15km do centro da cidade. |
Chegando ao Templo Branco, você rapidamente percebe que não está visitando um templo budista convencional.
A ideia do artista do Wat Rong Khun tem sido a de mesclar a sua interpretação pessoal do Budismo com personagens e elementos da cultura pop atual. Há uma ponte para o paraíso na entrada, guardada por imagens budistas de espíritos celestiais; um jardim de cabeças de demônios em danação nos planos inferiores; e mãos das almas penando querendo alcançar o céu. É meio heterodoxo, mas curioso.
Não há custo de entrada, mas há uma estrutura organizada com percurso para a visita, etc., além de muitas lanchonetes e lojas independentes nos arredores.
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O Templo Branco de frente, após um lago com peixes. Sobre a água, a Ponte Celestial. |
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O templo mais de perto. |
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À entrada da ponte, espíritos guardiões devas da mitologia budista/hindu. |
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Você segue pela ponte, e ali abaixo estão mãos suplicantes das almas que não chegaram até onde você chegou. |
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As mãos suplicantes. |
Não é permitido tirar fotos do interior do templo propriamente dito, mas digo-lhes que por dentro ele parece mais um templo budista "normal" — exceto pela presença inusitada de personagens pop tipo Goku, Harry Potter, Sailor Moon, Neo (de Matrix) e o exterminador do futuro (dentre muitos outros) juntos com Buda nas ilustrações das paredes.
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O outro lado da ponte, à entrada do templo. Você pode achar o que achar as viagens do cara, mas a riqueza de detalhes é impressionante. |
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Portal de saída, do outro lado. |
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No jardim dos arredores. |
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Cabeças de demônios penduradas ali, longe do templo. |
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Nesta outra, figuras conhecidas da cultura pop, como Hellboy, o Gollum, o vilão do filme Hellraiser, entre outros. |
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Esta era basicamente a única construção daqui que não era branca, com a Pequena Patrine ali a se transformar. |
É um lugar curioso. Seguramente não é a mesma atmosfera serena e profunda dos templos budistas habituais, pois você está a todo momento se divertindo com as presenças inusitadas. Mas é uma visita interessante, além de ter uma arquitetura bastante particular. Sem dúvida vale a pena a visita.
(Um outro artista fez aqui perto o oposto, a chamada Casa Negra, com crânios de bode, peles de animais, e outras "decorações" um tanto sombrias para ilustrar o lado baixo do ser humano. Não fiz a mínima questão de visitar.)
Na saída do templo, o nosso motorista de tuk-tuk já estava ali animadamente nos aguardando, com o sorriso característico dos tailandeses, mas também certificando-se de que não daríamos o fora sem pagar.
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Despedindo-se do celestial Templo Branco... |
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... e retornando a Chiang Rai já ao fim do dia. |
Fim de dia em Chiang Rai é sinônimo do seu Night Bazaar, o bazar noturno que ocorre a semana inteira. Se durante todo o dia a cidade é quieta e sem muito movimento, à noitinha ela finalmente desperta. Basicamente todos os turistas da cidade vêm pra cá — comer, ver música ao vivo, e comprar produtos da região. Além dos souvenirs genéricos habituais, há bastante coisa têxtil fabricada pelas tribos daqui do norte da Tailândia.
Às 19:00h, 20:00h, e 21:00h em ponto há também um show de luzes e sons no relógio da cidade. É bonito, e se você chegar cedo pode achar lugar para jantar sentado à calçada de frente para o relógio.
Deixo vocês com as fotos do relógio iluminado e do Chiang Rai Night Bazaar (incluso do meu belo sorvete no melão).
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O relógio de Chiang Rai numa das rótulas da cidade. As luzes dos arredores se apagam quando está prestes pra começar o show. |
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O meu prato de macarrão temperado com camarão, já ali a postos para assistir ao espetáculo. |
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O relógio numa das suas muitas outras cores. Fiz um vídeo da música, mas prefiro guardar a surpresa pra quando vocês verem pessoalmente. |
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O bazar noturno de Chiang Rai. Esta, no entanto, é apenas uma das muitas ruas. Ele é extenso e toma praticamente o centrinho inteiro. |
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Música ao vivo. |
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Praça de alimentação na rua. Muito gostoso. |
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E falando em gostoso, umas frituras aí, inclusos os malafamados insetos (à direita). |
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Escapando pra uma coisa não-asiática, pra variar o paladar. |
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E passeie pela rua. Só cuidado, se não as tailandesas te pegam. |
uaaaaauuuu que delicia de cidade, que belas e alegres tailandesas, modernas, as meninas, que maravilhosos templo,espetacular na sua brancura que se vê ao longe, nos seus detalhes incriveis e deslumbrante beleza. Impressionante. Dificil de descreve. Estupendo. magnifico.
ResponderExcluirHaha a rodoviária é uma graça haha modernissima haha. Maravilhosa experiencia. Valeu viajante, mais uma vez, ponto para Grifinólia. haha.
Esqueci de comentar sobre o incrível e majestoso relógio, com suas variadas cores e suas belas musicas. As comilanças gostosas são mesmo um show à parte e o centrinho maravilhosos com seu som divino haha. Inesquecíveis essas paragens.
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