As vistas são estonteantes. O charme do vilarejo é aquele clássico do interior italiano. E a comida, você vai precisar driblar uns horríveis lugares pega-turista, mas é possível achar delícias maravilhosas. Só recalibre um pouco o orçamento, pois sendo tão turística, as coisas aqui em Taormina são um tanto mais caras que noutras partes da Sicília.
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Vista de Taormina para o Mar Mediterrâneo, ao entardecer. |
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Uma das várias igrejinhas, lá no alto em Taormina. |
O trem não sobe toda esta altura, pois é muito íngreme. Ele te deixa à beira-mar, na Estação Taormina-Giardini, e de lá você escolhe entre subir a pé (um gasto de energia desnecessário na minha opinião, pois é caminhada na beira da estrada) ou tomar um ônibus barato que ziguezagueia até o topo. Tomei dois cafés espresso na estação e, em seguida, o ônibus.
Do terminal rodoviário (na real, um estacionamento amplo com um guichê vendendo passagens) você caminha ainda um pouquinho até a cidade propriamente dita, já gozando das altas vistas no caminho.
Tudo em Taormina se faz a pé. Em 1h você vai de uma ponta a outra da cidade. O legal, no entanto, são as paragens no caminho, os recantos bonitinhos de vilarejo italiano.
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A tranquila Estação Taormina-Giardini. |
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Centro de Taormina. Prepare-se para andar ombro a ombro com outros turistas, pois são muitos visitantes para as ruelas. |
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Dom Gato descendo tranquilamente as escadas numa sossegada via lateral. |
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As mesinhas na rua, claro. |
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Corso Umberto, a artéria central de Taormina. |
Hospedamos-nos com a adorável Rita, uma simpática moça siciliana que tinha um ex-namorado brasileiro. Ela sabia algumas palavras e músicas românticas brasileiras, e ainda estava ligeiramente chocada por ter sido trocada por um cara. Seu ex-namorado revelou-se gay.
Hoje ela namora Bruno, um talentoso cozinheiro italiano de olhos verdes que divide com ela a administração da pousada. (Eu, é claro, não perdi a oportunidade de assustá-la depois do café da manhã, dizendo que ia levá-lo embora para o Brasil. Jamais esquecerei as caras de indignação divertida que ela fazia quando eu tecia elogios à culinária do cara.)
Os sicilianos têm a fama de passionais apenas no aspecto violento da coisa, mas são pessoas também muito amáveis e calorosas de modo geral.
Alerto-vos desde já que, aqui sendo muito turístico, não é por todo lugar que você encontrará comidas com essa qualidade. Abundam as biroscas oferecendo comida italiana da pior qualidade. Cheguei a comer uma salada caprese (com tomates e mozzarella) e um arancino (bolinho de arroz italiano que parece uma coxinha) que não tinham gosto de absolutamente nada e me deixaram até de mau humor. (Como eu sempre digo, na Itália você pode fazer a melhor mas também a pior refeição da sua vida. Ver Comendo na Itália: Particularidades, dicas e alertas)
Depois, com indicações de Rita, acharíamos uns lugares maravilhosos onde comer.
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Fica a recomendação. |
Volta e meia apareciam uns cantores de ópera de rua também. A cena noturna em Taormina é bem agradável. Como há muitos turistas, há muitos artistas de rua também.
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Artistas de rua em Taormina. Esse cantou uma serenata a Taormina. |
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Ele posando pra nós com sua ânfora de moedas, na Osteria da Rita. |
Afora o anfiteatro, há igrejinhas seculares aqui e ali, e o imprescindível Giardini della Villa Comunale. Este último é um jardim nas alturas, com mirantes belíssimos, inclusive para o Monte Etna, onde o vimos fumegar ao longe. ("Longe", mas ele é tão grande que você tem a impressão de que se rolasse alguma erupção forte, não haveria para onde correr da fumaça tóxica.)
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Vista do Monte Etna ao entardecer, a partir dos Jardins della Vila Comunale. Localize a sua boca pelo rastro da fumaça no céu. |
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Os tranquilos Giardini della Vila Comunale, de onde se têm aquelas vistas. |
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Anfiteatro greco-romano lá no alto em Taormina. Ele data do século III a.c., e segue ainda hoje sendo usado para performances (no verão). |
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Praça central de Taormina, em toda a sua fofura. |
Optamos, em vez disso, por fazer um passeio de barco a Stromboli e às demais Ilhas Eólias, famosas aqui no sul da Itália. São mares pedregosos, que inspiraram muito da Mitologia Grega acerca das górgonas e dos monstros marinhos. A seguir.
Nossa que mimosa essa região, essa cidadezinha. Mas o que sobressai mesmo são as paisagens. lindas, belissimas. Adorei ver os vulcões, as ruelinhas com mesinhas do lado de fora, com flores, as construções antigas, as belas montanhas,il Giardini, a bela arquitetura e a estação charmosinha e romântica!... quanto sei bela nostra Itália, carissimo. Parabeni a voi caro mio.
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